São Paulo, 13 de fevereiro de 2025 — Ainda que a inteligência artificial já seja uma realidade para a maioria das indústrias, algumas delas parecem avançar mais rapidamente em sua adoção e implementação, como é o caso do setor financeiro. De acordo com dados da IDC, divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), os gastos do segmento com a IA devem dobrar até 2027, chegando a US$ 97 bilhões. A taxa de crescimento anual composta será de 29%, a mais rápida entre os principais setores da economia.
Liderando esses investimentos está a inteligência artificial generativa (gen AI). A tecnologia oferece distintas possibilidades de uso para gerar valor para as instituições financeiras, que podem aproveitar a capacidade de processamento de dados da IA para aprimorar tanto a experiência do cliente quanto a eficiência operacional. Na América Latina, segundo um relatório da IBM, suas principais aplicações envolvem interação com o cliente, seguidas por controle de risco, conformidade e operações de segurança, recursos humanos, marketing e compras, e o ciclo de vida do desenvolvimento de TI.
Além disso, a gen AI é fundamental para gerar personalização, fomentar a inclusão financeira e expandir o acesso ao crédito, contribuindo para um ecossistema financeiro mais justo e acessível. "O setor financeiro está evoluindo para um modelo mais preditivo e proativo, antecipando as necessidades dos clientes e oferecendo produtos e serviços mais personalizados, melhorando a qualidade das ofertas e o alcance das entregas, gerando um ecossistema mais justo, com acesso equitativo”, destaca German Soracco, vice-presidente do segmento comercial para a América Latina na Red Hat
A integração de IA com a nuvem e com outras tecnologias, como a automação, não só reduz custos operacionais do setor como também cria novas oportunidades de negócios, permitindo que as empresas financeiras sejam mais ágeis e eficazes na personalização dos serviços e na mitigação de riscos.
No mercado há mais de 70 anos e com presença em seis países da América Central, o BAC comprovou esses benefícios na prática. A empresa de serviços financeiros precisava de um modelo de automação de TI para garantir a continuidade de sua estratégia de digitalização e transformação tecnológica, com melhoria dos tempos de entrada no mercado, qualidade dos serviços e ampliação das capacidades analíticas e de inteligência artificial, mantendo sua liderança regional.
A solução foi encontrada na tecnologia open source. Por meio de uma aliança estratégica com a Red Hat, o BAC adotou o Red Hat Ansible Automation Platform, o que permitiu avançar com sucesso na automação, usando as ferramentas e recursos já existentes. “A automação de processos é a pedra angular para que as instituições financeiras possam dar andamento à digitalização e extrair todo o potencial da inteligência artificial. Avançar nessa jornada com soluções de código aberto permite fazer isso de maneira mais simples, integrada e eficaz”, comenta Sandra Vaz, Country manager para o Brasil na Red Hat.
Código aberto: no presente, mas de olho no futuro
Levantamento da Autonomous Research estima que as instituições financeiras podem economizar até US$ 1 trilhão até 2030 por meio da adoção de IA e automação. Um ganho que pode ser ainda maior com o uso de ferramentas open source. Estudo com mais de 2.400 tomadores de decisão de TI descobriu que as empresas pesquisadas estão investindo em IA a longo prazo, com um interesse crescente em usar ferramentas de código aberto para impulsionar o retorno sobre investimentos (ROI) e a inovação.
Para apoiar as instituições financeiras na adoção eficiente da IA generativa, a Red Hat disponibiliza uma plataforma de nuvem híbrida ideal para treinar modelos de IA e para rodar os aplicativos que os utilizam. Entre as soluções de IA da Red Hat estão o Red Hat Enterprise Linux AI (RHEL AI), plataforma para desenvolver, testar e executar a família de Large Language Models (LLMs) IBM Granite de código aberto; e o Red Hat OpenShift AI, que fornece ferramentas para desenvolver, treinar, servir e monitorar rapidamente modelos de aprendizado de máquina em ambientes Kubernetes distribuídos, on-premises, na nuvem pública ou na edge.
“Como parte do RHEL AI, também incluímos o InstructLab, um projeto de comunidade criado pela Red Hat e pela IBM, que facilita o treinamento de LLMs e acelera a adoção de IA generativa por meio da colaboração", reforça Maria Bracho, CTO para a América Latina na Red Hat. A executiva destaca o código aberto como a melhor ferramenta para a inovação e para suportar os avanços recentes em modelos de linguagem em larga escala. “A Red Hat é a maior empresa open source do mundo, o que permite adaptar-nos rapidamente às mudanças tecnológicas e criar a melhor plataforma para adoção de IA nas empresas - o OpenShift AI -, desenvolvendo e treinando modelos criados com propósitos específicos e com flexibilidade para serem executados onde for necessário, do data center até a edge.”
Inclusão social por meio da bancarização
A IA potencializada pelas tecnologias open source também contribui para quebrar as barreiras tradicionais do mercado financeiro, expandindo o acesso ao crédito. Aplicativos bancários móveis com inteligência artificial já fizeram avanços significativos para alcançar comunidades rurais e remotas, onde a infraestrutura bancária tradicional é escassa.
Um exemplo recente é o do Banco da Amazônia. Instituição financeira brasileira, o BASA adotou os recursos de automação e as soluções de código aberto da Red Hat para desenvolver o BASA Digital, uma nova plataforma de crédito para empresas familiares e de subsistência em toda a região amazônica do Brasil que visa promover um desenvolvimento regional sustentável e eficiente em áreas remotas ou de difícil acesso. “Com a tecnologia open source da Red Hat, o BASA pode criar sistemas flexíveis, escaláveis e personalizados que atendam a diversas necessidades, desde infraestruturas de TI sólidas e ágeis até aplicações seguras e eficazes. Os padrões de código aberto também facilitam a integração com outros sistemas, aplicações e tecnologias, preparando o projeto para escalar com a IA em um futuro próximo", explica Gilson Magalhães, VP e general manager da Red Hat para a América Latina.
Para o executivo, este é um dos muitos exemplos do que a inteligência artificial pode fazer pelo setor financeiro, especialmente a inteligência artificial generativa. Segundo ele, a tecnologia vai continuar a ser uma catalisadora fundamental para a transformação digital. “Exploramos muito pouco do que a gen AI pode oferecer. Essa tecnologia vai permitir que instituições financeiras não apenas atendam às novas demandas de mercado, mas também se tornem mais eficientes, ágeis, competitivas e inclusivas. A gen AI vai marcar o grande impulso em direção ao futuro das finanças. As instituições que levarem isso em consideração na hora de implementar e escalar aplicativos certamente serão as líderes de mercado”, conclui.
Sobre a Red Hat
A Red Hat é a fornecedora líder mundial de soluções de código aberto empresarial, com uma abordagem voltada para a comunidade, a fim de fornecer tecnologias altamente confiáveis e de alto desempenho, como Linux, nuvem híbrida, containers e Kubernetes. A Red Hat ajuda os clientes a integrar aplicações de TI novas e existentes, fornecer desenvolvimento nativo da nuvem, padronizar e automatizar o sistema operacional líder do setor, além de proteger e gerenciar ambientes complexos. Serviços renomados de suporte, treinamento e consultoria fazem da Red Hat a consultora confiável para empresas Fortune 500. Como parceira estratégica para provedores de nuvem e aplicativos, integradores de sistemas, clientes e comunidades de código aberto, a Red Hat ajuda as organizações a se prepararem para o futuro digital.