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Inflação preocupa e agro sustenta atividade, diz Gesner Oliveira

O IPCA de março, divulgado hoje pelo IBGE, registrou inflação de 0,56%, em linha com as expectativas do último relatório Focus

O IPCA de março, divulgado hoje pelo IBGE, registrou inflação de 0,56%, em linha com as expectativas do último relatório Focus. No acumulado de 12 meses, o índice chega a 5,48%, um avanço em relação aos 5,06% observados em fevereiro. Apesar de não ser exatamente uma surpresa, alguns aspectos na composição do índice merecem atenção.

O primeiro deles é o aumento do índice de difusão, que subiu de 60,74% para 64,72%, indicando que a alta de preços está mais espalhada entre os itens pesquisados. Também se destacam as pressões sobre alimentação e bebidas, com alta de 7% em 12 meses; educação, com 6,3%; transportes, com 6,05%; e saúde e cuidados pessoais, com 5,79%. São categorias que têm peso relevante no orçamento das famílias e impactam diretamente na percepção de aumento do custo de vida — especialmente entre as famílias de menor renda, para quem a alimentação representa uma parcela maior das despesas. Por isso, a inflação percebida pelos mais pobres tem sido mais intensa do que a média geral.

Com o IPCA acumulando 5,48% em 12 meses e mantendo esse ritmo, nossa projeção indica que a meta de inflação poderá ser descumprida no meio do ano. Esse cenário reforça a necessidade de manutenção de juros em patamares elevados.

Também foi divulgado hoje o IBC-BR, índice de atividade econômica do Banco Central, que funciona como uma prévia do PIB. Em fevereiro, houve crescimento de 0,4% em relação a janeiro. Apesar de representar uma desaceleração frente ao avanço de 0,9% no mês anterior, o resultado veio acima das expectativas do mercado, que projetavam uma alta de 0,2%.

Pela primeira vez, o Banco Central apresentou a desagregação setorial do IBC-BR — uma inovação importante, que permitirá acompanhar o desempenho por segmentos da economia. O destaque absoluto foi a agropecuária, que cresceu 5% no mês, bem acima da média geral de 0,4%, dos 0,2% registrados pelos serviços e da leve retração de 0,8% da indústria.

Esse resultado confirma o que já se projetava desde o início do ano: um desempenho robusto do setor agropecuário, que deve ser um dos pilares para sustentar o crescimento econômico em 2025. Nossa expectativa é de uma desaceleração no segundo semestre, mas o desempenho positivo do setor deverá garantir um PIB no azul ao fim do ano.

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