Uma nova pesquisa da Swile Brasil, empresa de benefícios flexíveis, junto com a Leme Consultoria, empresa especializada em soluções para gestão de pessoas, revelou quais as tendências do mercado de trabalho deste novo ano.
Confira algumas previsões que impactam desde o que os trabalhadores buscam até as tendências de formato de trabalho.
Entre os destaques, a pesquisa mostra um movimento crescente em direção ao trabalho híbrido e presencial. “Vimos um aumento na concessão de vale-combustível de 203% e do auxílio-mobilidade de 76%, o que indica que muitas empresas estão retomando regimes presenciais ou híbridos,” afirma o CEO da Swile Brasil, Júlio Brito.
A proporção de empresas no presencial já supera as que estão no formato híbrido e remoto. Segundo a pesquisa, 33% das empresas já operam em regime 100% presencial, enquanto 32% optam pelo modelo híbrido.
No entanto, Brito reforça que o home office não desaparecerá. “O trabalho remoto, especialmente em áreas de tecnologia, ainda representa 13% do mercado”, diz. “A tendência é que empresas equilibrem flexibilidade com a necessidade de interação presencial.”
O pacote de benefícios tem se tornado decisivo em um processo seletivo – mas como uma exigência do funcionário. A pesquisa mostrou que 57% dos funcionários consideram o pacote de benefícios decisivo para aceitar uma oferta de trabalho, enquanto 39% o veem como um fator de desempate.
“A flexibilidade nos benefícios se consolida como uma das maiores demandas, sinalizando uma mudança estrutural nos modelos de trabalho”, diz o CEO.
A inteligência artificial foi destacada como uma das maiores tendências para o futuro do trabalho. “Ela transforma o ambiente corporativo, sendo usada para recrutamento, treinamento e gestão de desempenho. Apesar disso, 48% dos trabalhadores afirmaram não utilizar IA no dia a dia, mostrando que ainda há espaço para crescer.”
No campo do ESG (ambiental, social e governança), o estudo aponta que 64% das empresas adotam práticas relacionadas, como grupos de afinidade e iniciativas de inclusão. “Hoje, é praticamente uma exigência da geração Y e Z. Organizações que não abraçam ESG têm dificuldade em atrair e reter talentos,” diz Brito.
Com a volta do presencial ganhando forças, as empresas estão apostando em iniciativas para tornar o trabalho no escritório mais atrativo e produtivo. A Swile Brasil, por exemplo, colocou todos os funcionários de home office neste fim de ano, porque está de mudança para um novo escritório que ficará mais próximo do metrô e da localidade de mais de 60% dos funcionários, segundo pesquisa interna.
“Estamos migrando para um novo escritório com melhor localização e comodidades que promovem qualidade de vida, como bicicletário, duchas e espaços colaborativos,” diz o CEO que reforça que o time tem um regime híbrido que exige três dias de trabalho presencial e deve começar no novo local em fevereiro.
“No final, a pesquisa mostrou que o segredo para atender as expectativas dos funcionários em 2025 está em ouvir as pessoas e criar um ambiente onde ele se sinta parte,” afirma Brito.
Com informações Exame Carreira